10 de maio de 2022

A Serra da Lousã e as Aldeias Serranas do Catarredor e do Vaqueirinho em 1959


Hoje, relembramos aqui a notícia do Jornal Trevim em fevereiro 25, 2021


“O Caminho do Rebanho”, o documentário que revela a Lousã de 1959

https://www.trevim.pt/2021/02/25/o-caminho-do-rebanho-o-documentario-que-revela-a-lousa-de-1959/

(...)

Há 62 anos, a Lousã serviu de cenário a um filme de 18 minutos caído entretanto no esquecimento. Recentemente regressou à luz do dia, fruto da sua digitalização pela Cinemateca Portuguesa. “O Caminho do Rebanho”, o documentário assinado por Armando Silva Brandão, dá a conhecer – já com todas as cores – o castelo de Arouce, a Senhora da Piedade e algumas aldeias serranas. O Trevim falou com duas das atrizes desta fita resgatada ao passado e que retrata uma Lousã que já não existe.

(...)


e fomos ainda à procura do referido filme, que inclui imagens do Catarredor e do Vaqueirinho e que pode ser visualizado através do seguinte Link: 

http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=3922&type=Video


 

“O Caminho do Rebanho”

Silva Brandão (1906-1982) - Realizador

Portugal, 1959

Género: Documentário

Duração: 00:18:03, 24 fps

Formato: 35mm, Cor, com som

AR: 1:1,37

Descrição: A Serra da Lousã e suas belezas naturais. O Castelo de Arouce e a sua lenda evocados através do diálogo entre um pastorinho e algumas crianças.

Detentor de Direitos: Por favor contacte a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema para obter informações sobre os detentores de direitos. | Please contact the Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema for information about the rights holders.

ID CP-MC: 7002945


Imagens das Aldeias Serranas do Catarredor e do Vaqueirinho:



 Sources/Links:

http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=3922&type=Video 

https://www.trevim.pt/2021/02/25/o-caminho-do-rebanho-o-documentario-que-revela-a-lousa-de-1959/

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6 de maio de 2022

o Estado a reflorestar as áreas abandonadas pelos seus proprietários

 Governo vai avançar para "arrendamento forçado" de terrenos nos próximos meses


Em causa estão as zonas ardidas nos incêndios de 2017 que, cinco anos depois, ainda não foram intervencionadas pelos proprietários. Nos próximos meses poderá ser o Estado (Governo e autarquias) a tomar conta da situação.

O ex-ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, já tinha avisado que o Governo não hesitaria em fazer uso do mecanismo de arrendamento forçado de que dispõe já desde 2021 no caso dos proprietários agrícolas e florestais que não colaborem ou de propriedades sem gestão ou inadaptadas ao risco de incêndio. Em Portugal "a floresta é de privados em 98% da sua extensão".

 Face à "inércia" dos proprietários privados, o Governo aprovou já no ano passado um diploma que institui o regime jurídico do arrendamento forçado de prédios rústicos (terrenos) até um máximo de 25 anos (período renovável).

Volvido um ano e tendo em conta que "o que aconteceu até agora não é satisfatório, há muitas áreas abandonadas e muito trabalho para fazer", o secretário de Estado das Florestas, João Paulo Catarino, revelou agora ao Expresso que o Governo se prepara para avançar finalmente nos próximos meses para o chamado ‘arrendamento forçado’.

E deixa um exemplo: "Se os proprietários de áreas consideradas para o efeito — e que basicamente se integram nos perímetros das zonas ardidas nos incêndios de 2017 não agirem por iniciativa própria nos próximos seis meses, com apoios públicos já disponibilizados para esse fim, será o Estado (Governo e autarquias) a tomar conta da situação", revelou ao Expresso.

 Basicamente, ao abrigo desta lei, passa a ser o Estado a reflorestar as áreas abandonadas pelos seus proprietários, no perímetro das chamadas Operações Integradas de Gestão da Paisagem (OIGP). Será criado um grupo de peritos que vai definir aquilo que será designado por ‘renda justa’, ao que se seguirá uma espécie de posse administrativa das terras em causa.

 Para este "arrendamento forçado", os membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, das Florestas e do Desenvolvimento Rural terão de fixar por portaria o valor da renda a pagar aos proprietários, "sujeito a atualização anual".

 Para as parcelas sob gestão do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), "vai haver agora um aviso para investimentos de 10 milhões de euros em arborização".

 Governo aprovou em Conselho de Ministros o decreto-lei que executa a autorização legislativa concedida pela Lei n.º 59/2020, de 12 de outubro, e que diz respeito a um regime especial aplicável às expropriações de terras no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social.

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O diploma tinha já sido promulgado pelo Presidente da República em outubro, mas Marcelo Rebelo de Sousa deixou alguns alertas na altura.

 “Atendendo a que o regime em causa deve ter o prazo de urgência do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e que a declaração de utilidade pública ser devidamente fundamentada, para salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, o Presidente da República promulga o Decreto da Assembleia da República que autoriza o Governo a aprovar um regime especial aplicável à expropriação e à constituição de servidões administrativas”, mas reforça que “a promulgação suporá o respeito do prazo de vigência do PEES e a salvaguarda da devida fundamentação de declaração de utilidade pública”.

 

Fonte: Negócios jng@negocios.pt

6.05.2022 09:48

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/agricultura-e-pescas/detalhe/governo-vai-avancar-para-arrendamento-forcado-de-terrenos-nos-proximos-meses

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4 de maio de 2022

O recurso à energia suja "renovável"

O recurso à energia suja "renovável" para aquecer casas na Suíça

um artigo de Christine Ro


 

Uma floresta de proteção perto de Toffen, desflorestada em 2019

LUCIE WUETHRICH

A viagem ativista de Lucie Wuethrich começou quando a vizinha veio chorar. Viviam debaixo de uma floresta de proteção perto de Berna, a capital suíça, mas a exploração madeireira criou um risco de de desprendimento das rochas existentes no local e consequente colisão com as suas propriedades. O acesso à garagem do vizinho dela já tinha sido atingido com uma pedra maciça.

Em resposta, Wuethrich começou a investigar por que árvores estavam sendo cortadas numa área protegida. Soube que este tipo de exploração madeireira era permitido para manutenção florestal, mas "o que me chocou enormemente foi descobrir que 95% disto seria queimado".

 O que Wuethrich tinha tropeçado era num canto da indústria energética de biomassa, em que a madeira é queimada como fonte de energia. Muitos políticos adoram porque normalmente conseguem marcar isso nos seus balanços ambientais como fonte de energia renovável, sob a premissa de que as árvores que são registadas serão substituídas por árvores recém-plantadas. Assim, a biomassa ajuda os governos a cumprir os seus objetivos de redução de carbono, embora a madeira queimada continue a ser uma das principais fontes de emissões de dióxido de carbono e poluição atmosférica.

Muitos silvicultores apreciam a indústria porque obtêm um mercado para a sua chamada madeira de baixo valor, que normalmente não pode ser usada para fins mais rentáveis como a construção. Alguns defendem que as florestas precisam de ser atenuadas periodicamente para manter uma boa saúde florestal e um baixo risco de incêndio, pelo que estes desbastes podem muito bem ser usados para aquecer as casas das pessoas.

Os defensores da energia da biomassa também afirmam que a indústria não está a levar à desflorestação. "Durante anos, a área florestal na Suíça tem vindo a aumentar anualmente, apesar da colheita de madeira", comenta Nöel Graber, porta-voz da Axpo, o maior produtor de energia renovável do país.

Quem não elogia a indústria da biomassa? Muitos ambientalistas. Salientam que a indústria da biomassa é tão massiva que não utiliza apenas desbastes e madeira residual; que as árvores precisam permanecer no solo para continuar a absorver carbono; e que, no geral, a madeira queimada é uma fonte de produção de energia ineficiente e altamente poluente que não merece ser chamada de renovável.

 


A floresta de Bremgartenwald, onde o aumento da exploração madeireira foi documentado recentemente

E em resposta ao ponto da indústria da biomassa de que as florestas suíças estão efetivamente em expansão, Wuethrich, que trabalha com organizações ambientais, incluindo o Biofuelwatch e o Grupo de Trabalho da Biomassa da Rede de Papel Ambiental, contrapõe que o quadro varia muito por região. Ela está a ver a cobertura florestal a encolher localmente.

Além disso, a qualidade da floresta importa. Segundo as definições do governo suíço, Wuethrich salienta: "As florestas radicalmente desbastes/as florestas ainda contam como floresta, assim como as estradas florestais e as instalações florestais."

Ao contrário do Reino Unido, que importa a maior parte dos seus pellets de madeira dos EUA, a Suíça geralmente regista as suas próprias florestas como fonte de aquecimento doméstico. A sua principal fonte de energia renovável é a energia hídrica, e o país pode ter espaço limitado para a energia solar e eólica. Há muito que é costume na Suíça queimar madeira para o calor, com pouca consciência dos impactos na desflorestação, qualidade do ar e saúde humana.

Dentro desta mistura, a queima de madeira está definida para expandir. A procura de pequenos pellets de madeira uniformes e os preços associados estão a subir. Segundo Wuethrich, os partidos governamentais e do setor pretendem aumentar a produção de biomassa lenhosa em 40% ou até mais.

Em Berna "a madeira energética foi chamada de 'Óleo de Emmental'", diz Wuethrich, referindo-se a uma região central da Suíça. Ela acredita que o desejo de autossuficiência energética e uma diversidade de fontes de energia, juntamente com o objetivo do governo para 2050 de emissões líquidas zero, está a impulsionar a energia da biomassa.

"O governo é muito pró-biomassa, enquanto o público em geral sabe muito pouco sobre isso", acredita Wuethrich. "É uma batalha difícil aqui."

Pilhas de madeira destinadas à combustão, perto de Studen

LUCIE WUETHRICH

Surpreendentemente, alguns grandes grupos ambientais na Suíça estão, na verdade, a encorajar as pessoas a queimar mais madeira. Um deles é o myclimate, uma organização sem fins lucrativos que concede subsídios às bombas de calor (uma forma de aquecimento energeticamente eficiente) – mas também para sistemas de aquecimento de pellets de madeira.

De acordo com Kai Landwehr, chefe de marketing do myclimate, "queremos mudar a forma como as casas são aquecidas o mais rápido possível. Por isso, temos de desligar e substituir os sistemas de aquecimento fóssil. Simplesmente não é possível instalar uma bomba de calor em todos os locais. As razões para tal são, por exemplo, as normas de proteção contra o ruído ou porque a perfuração necessária não é possível. Nestes casos, o aquecimento de pellets oferece uma alternativa."

O myclimate promove apenas sistemas automatizados de aquecimento de pellets, que argumenta produzirem menos partículas do que modelos mais antigos. No entanto, mesmo os modelos mais recentes de fogões a lenha, designados como amigos do ambiente, ainda produzem níveis muito elevados de poluição por partículas minúsculas.

Assim, em vez de incentivar as pessoas a queimar madeira, Wuethrich diz: "As energias renováveis infinitas, como as energias solar, eólica, hídrica e geotérmica, devem ser promovidas e subsidiadas ainda mais."

Está frustrada com o fosso entre as perceções e as realidades do uso florestal. "As pessoas pensam na Suíça como uma terra verde e agradável, mas deixamos pegadas de carbono desproporcionalmente grandes graças aos nossos estilos de vida luxuosos", acredita Wuethrich. Para contrariar a imagem das florestas exuberantes e imaculadas, tem vindo a monitorizar e a documentar o que chama de "exploração radical" de árvores de armazenamento de carbono que depois são enviadas para trituradores de madeira.

O que Wuethrich precisa é que mais ambientalistas e decisores políticos tomem conhecimento da insustentabilidade da energia da biomassa. "É por isso que ainda estou a lutar por isto. Nunca esperei isto na Suíça."

 

Christine Ro

 Mar 16, 2022,09:42am EDT

https://www.forbes.com/sites/christinero/2022/03/16/the-dirty-renewable-energy-increasingly-heating-swiss-homes/?sh=515650df27a6 


Fonte: Forbes Magazine

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29 de abril de 2022

A luta contra as espécies invasoras

 


Os 5 domingos de maio serão dedicados ao arranque de jovens acácias na Mata do Sobral, nas áreas adjacentes às plantações de carvalhos e medronheiros realizadas em 2022.

Inscrições:  https://forms.gle/kjQegTebDDcmzDBU7

Durante o mês de abril conseguimos concluir o descasque das acácias adultas ainda existentes nos 68 hectares da "Área Prioritária para Conservação de Habitats Mata do Sobral Sudeste". Nos três meses anteriores realizámos o corte das principais manchas de jovens acácias que já floriram em 2022 para impedir a disseminação de sementes. Podemos agora dedicar-nos ao arranque de acácias enquanto são suficientemente pequenas para serem removidas manualmente... e não nos faltará trabalho até ao final do ano!

A eliminação destas manchas densas de jovens acácias favorecerá o crescimento das árvores e arbustos de espécies autóctones, permitindo-lhes ganhar vantagem sobre as acácias. Quando a vegetação autóctone for suficientemente densa para fazer sombra às acácias a proliferação destas tornar-se-á muito mais lenta e poderemos finalmente abrandar o nosso ritmo de trabalho. 🙂 Mas neste momento ainda não podemos baixar os braços: agora é o momento para ATUAR.

Junte-se a nós! Quanto mais voluntários participarem mais leve e agradável será a nossa tarefa. Todos os domingos pelas 9h30.

Até breve!

Fonte:https://www.facebook.com/102028991705811/posts/510590594182980/?d=n

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27 de abril de 2022

Prazo para limpeza de terrenos florestais termina no sábado

 


Prazo para limpeza de terrenos florestais termina no sábado


por Lusa  27-04-2022 | 11:27 em Nacional, Últimas, Sugeridas, Notícias florestas

 Tempo De Leitura: 2 mins

O prazo para a limpeza dos terrenos florestais para os proprietários, arrendatários e usufrutuários termina no próximo sábado, depois de dois anos em que este período foi prorrogado devido à pandemia e às condições climatéricas.

 

Após uma primeira fase de sensibilização da campanha “Floresta Segura 2022”, a Guarda Nacional Republicana (GNR) recordou, nas redes sociais, que “os proprietários têm até 30 de abril para fazer a limpeza dos terrenos”, no âmbito da prevenção contra incêndios.

Depois, a GNR irá começar a fiscalização dos trabalhos de gestão de combustível, nas freguesias identificadas como prioritárias, com elaboração de autos por contraordenação em casos de incumprimento.

 Este ano o Governo identificou 1.001 freguesias prioritárias, menos uma do que em 2021. De acordo com um despacho publicado em março, a fiscalização nestas zonas é realizada entre 01 e 31 de maio, incidindo nos terrenos confinantes a edifícios em espaços rurais (numa faixa de 50 metros) e os aglomerados populacionais, bem como parques de campismo, parques industriais, plataformas de logística e aterros sanitários em espaços florestais (numa faixa de 100 metros).

 Para as redes viária, ferroviária e nas linhas de transporte e distribuição de energia elétrica a fiscalização será feita entre 01 e 30 de junho.

 Os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham terrenos confinantes a edifícios inseridos em espaços rurais são obrigados a proceder a esta limpeza, segundo a GNR.

 De acordo com o decreto-lei n.º 82/2021, que define o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais no território continental, as coimas por incumprimento nas infrações qualificadas como “leves” variam entre os 150 e os 1.500 euros, no caso de pessoas singulares, e entre os 500 e os 5.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

 No caso das contraordenações qualificadas como “graves”, a coima tem um valor entre os 500 e os 5.000 euros, no caso de pessoas singulares, e entre 2.500 e os 25.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

 Perante o incumprimento dos proprietários do prazo para a limpeza de terrenos, as câmaras municipais têm de garantir, posteriormente, a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível, “mediante comunicação e, na falta de resposta em cinco dias, por aviso a afixar no local dos trabalhos”.

 Em 2021, o prazo dado para limpeza dos terrenos estendeu-se até 15 de maio devido à pandemia de covid-19 e às condições climatéricas, e as coimas por incumprimento, fixadas então noutros valores, voltaram a ser “aumentadas para o dobro”, à semelhança do que vinha a acontecer desde 2018. No Orçamento do Estado para este ano foi eliminada a norma que duplicava as coimas.

Fonte:AGROPORTAL

https://www.agroportal.pt/prazo-para-limpeza-de-terrenos-florestais-termina-no-sabado/

 

sobre este assunto, e para mais informação, leia também no nosso Blog:

Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho AMPV

https://vaqueirinho1999.blogspot.com/

em Outros Documentos Relevantes

O Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR)

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26 de abril de 2022

Serra da Lousã - Imagens recentes

25.04.2022 






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17 de abril de 2022

Lua Cheia!

16.04.2022 - 19:57






16.04.2022 - 19:57
 

15 de abril de 2022

Boa Páscoa !

 O culminar da celebração da Páscoa, está já aí!

No cristianismo, a Páscoa ou Domingo da Ressurreição é uma festividade religiosa e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida no terceiro dia após sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã.

 data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências.

O termo "Páscoa" deriva, através do latim Pascha e do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico פֶּסַח (Pesaḥ ou Pesach), a Páscoa judaica.

A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, que contém o chamado Tríduo Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lava pés que a precedeu e também a Sexta-Feira Santa, que relembra a crucificação e morte de Jesus. A Páscoa é seguida por um período de cinquenta dias chamado Tempo Pascal que se estende até o Domingo de Pentecostes.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal). Do ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de março (embora ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista astronômico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na data correta astronômica. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). Os cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário juliano, cuja data de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio, inclusive.

fonte:Wikipédia, enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

 
Imagem de Bilhete postal de 1915
(que a alegria da Páscoa seja tua)

Uma tradição ocidental de origem não religiosa, o Coelho e os Ovos da Páscoa, representam a tradição de trocar presentes em datas festivas. O retrato do mercantilismo e da secularização da festa da Páscoa.

Caça aos ovos numa gravura de 1889.

No imaginário das crianças, a entrega dos ovos de chocolate é feita por um coelho de olhos vermelhos e pelo branquinho. A história fica ainda mais verdadeira para os pequenos quando encontram pegadas do animal e pedacinhos de cenoura espalhados pela casa. Todos esses artifícios só reforçam a lenda do coelhinho da Páscoa, disseminada na Europa (Alemanha) e trazida para a América há mais de 300 anos. 

O simpático mamífero foi incorporado à Páscoa por meio de contos criados no velho continente. Uma das narrativas mais conhecidas do mundo conta que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num ninho para entregá-los aos filhos na manhã da festividade religiosa. Contudo, quando as crianças descobriram o lugar, um grande coelho passou rapidamente e espalhou os presentinhos, dando aos pequenos a ilusão de que o bicho carregava e distribuía os ovos.


Boa Páscoa para todos Vós!

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3 de abril de 2022

Governo afirma que legislatura é determinante para mudar "de vez" floresta e evitar tragédias

  Divulgações relevantes:

Agência Lusa , 1-04-2022

1 de Abril ?

a legislatura tem 4 anos, a floresta precisa de quantos?

então, embora lá! mãos à obra!

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29 de março de 2022

a Água do nosso descontentamento...

 Divulgamos aqui um artigo de opinião de Ana Serrão, da ZERO, Associação Sistema Terrestre Sustentável, que se nos afigura relevante no atual contexto.


relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), divulgado no passado dia 28 de fevereiro, é devastador. As alterações climáticas estão a ocorrer muito mais rapidamente do que o esperado, alimentadas por ciclos de feedback positivo.

Portugal tem vindo a registar um agravamento do índice de aridez, colocando mais de 60% do país suscetível à desertificação.


Com alterações tão rápidas e dado que o ciclo da água tem vindo, há muito, a sofrer alterações causadas pela intervenção humana, é necessário repensar e agir rapidamente na gestão da água, como recurso estratégico fundamental à manutenção da vida.

A gestão da água faz-se em 3 etapas: a captação, a distribuição e o consumo.

De onde provém a água que gastamos?

captação de água é feita nas barragens, nos rios e nos aquíferos subterrâneos e a chuva costumava ser suficiente para repor os seus níveis, mas já não o consegue fazer plenamente, assim como já não consegue manter o caudal dos rios e muito menos repor os aquíferos.

No caso da agricultura, grande parte da rega é feita através de água captada nas invisíveis águas subterrâneas.

Em 2022, os Planos de Gestão de Região Hidrográfica concluíram que 97,3% e 98,5% das massas de água subterrânea se encontravam em bom estado quantitativo e qualitativo, respetivamente. Apesar de ser um bom indicador, sabemos que existe um claro excesso de consumo das águas subterrâneas, para alimentar uma paisagem cada vez mais sequiosa e que existem aquíferos significativamente contaminados com nitratos.

A depleção demasiado rápida das águas subterrâneas acarreta problemas graves que não se “vêem”. Esta água retira-se rapidamente do subsolo com a ajuda de estações de bombagem, mas demora uma eternidade a ser reposta, tendo a intervenção humana no planeta, com a consequente alteração do ciclo da água, tornado esse reabastecimento ainda mais demorado e escasso.

Anos de desinvestimento e falta de intervenção na rede de distribuição - cujas perdas atingem em certas autarquias os 70% -, sistemas de monitorização obsoletos, desperdício nas infraestruturas e no consumo, fizeram com que atualmente a distribuição seja responsável por uma imensidade de água desperdiçada. Esta má gestão tem consequências diretas no exaurimento dos aquíferos, das barragens e dos caudais, dado que as necessidades persistem e a água que se perde, torna necessário voltar a extrair, para repor o desperdício.

É urgente mudar radicalmente essa gestão. A prioridade deve ser uma intervenção musculada nos sistemas de distribuição, modernizando as infraestruturas e os seus sistemas de monitorização, até se atingirem valores de perdas minimamente aceitáveis.

Claro que, em matéria de consumo, é importante que cada um de nós faça a sua parte na contenção do uso da água no nosso quotidiano. Não é preciso inventar a roda. Basta usar a água com parcimónia e não a desperdiçar. Se puder ser criativo, melhor ainda.

Mas para realizar verdadeiras poupanças no consumo, a grande mudança tem de ser feita pelos grandes gastadores, em particular pelo grande consumidor de água no planeta: a agricultura, com a sua componente de pecuária.

A utilização de água potável para regar campos de golfe e jardins é o corolário do desperdício, mas é algo que pode ser solucionado de imediato, com as disponibilidades existentes, sendo já muitos os empreendimentos que o fizeram, com grande impacto, passando a utilizar exclusivamente águas cinzentas na rega. São soluções técnica e orçamentalmente exequíveis que deviam ser  implementadas por sistema.

Na indústria, as soluções são forçosamente personalizadas, específicas, mas estão dependentes apenas da vontade, do empenho e da persistência dos seus quadros dirigentes e técnicos, para encontrar a maior poupança possível com o menor custo possível.

Os agricultores por outro lado, são a base da nossa vida em sociedade e podem representar a maior fatia na poupança de água, em quantidade e consequentemente obter o maior impacto.

Mas não o conseguem fazer sem uma mudança de paradigma no mercado.

Todos somos capazes de investir em roupa e em gadgets caros, mas queremos comer barato. Todos queremos comer morangos no inverno e tangerinas no verão. Todos gostamos de frutos exóticos e de legumes estranhos ao longo de todo o ano. A pegada de água das nossas compras é enorme. Se queremos poupar água, como consumidores, devemos fazê-lo através das nossas compras.

Os agricultores precisam de ter um mercado que lhes compre, por um preço justo, os produtos frescos, de época, produzidos com mínimo consumo e mínimo impacto. Há que estabelecer regras para os preços de aquisição, para que o lucro não fique todo na distribuição. Há que certificar a produção implementando requisitos ambientais rigorosos, nomeadamente no consumo de água.

Temos de implementar métricas rigorosas para controlo do gasto de água e das necessidades de água, conforme a cultura e o modelo de cultivo. E informar o consumidor, fomentando uma escolha consciente.

E o preço justo para os agricultores tem de pagar o investimento em maior formação ambiental, melhores técnicas de cultivo, operações culturais menos invasivas e mais localizadas. Tem de pagar a capacitação das parcelas para a captação e armazenamento próprio de água, para a tecnologia de controlo de rega, tudo isto sempre com o melhor controlo ambiental existente no mercado.

A reconversão de todos os sistemas de produção de carne e derivados para o regime de extensivo, tal como já é feito com por alguns produtores em Portugal, como é o caso da produção de carne maronesa, com a deambulação livre dos animais a contribuir para um melhor controlo dos incêndios e a proliferação da florística regional. A carne pode chegar mais cara ao consumidor, mas chega mais saudável e com uma pegada ambiental incomparavelmente menor.

Chama-se a isto pagar o custo à cabeça, porque sem isso, o custo ambiental a pagar no futuro é infinitamente superior.

Se a isto o mercado responder com uma diminuição do consumo optando pela carne certificada, então é possível aumentar a resiliência da produção animal, em simultâneo com a diminuição da dependência de importação de carne de países com normas de produção muito pouco sustentáveis.

Mas tudo isso continuará a ser insuficiente, se não alterarmos radicalmente o modo como pensamos e intervimos na paisagem.


Nas áreas urbanas, a impermeabilização do pavimento, a construção em zonas de cheia, a canalização das linhas de água e as redes de recolha de pluviais, impedem a natural absorção da água da chuva, que escoa rapidamente em direção ao mar. Nos últimos anos tem havido progresso em algumas autarquias com a criação de zonas verdes que absorvem água, o reaproveitamento das águas das ETARs, a intercalagem de zonas impermeabilizadas com árvores, a conversão de passeios para pavimentos permeáveis e mesmo com a renaturalização de troços de cursos de água.

A grande diferença, no entanto, só poderá ser obtida pela reposição massiva de água nos aquíferos, nos solos e em todo o ciclo da água, para mitigar o impacto das alterações climáticas.

Fora das cidades, a renaturalização dos rios e de todos os cursos de água, a reflorestação com espécies nativas, o respeito pela orografia do terreno e pelas condições edafoclimáticas, num cuidado rigoroso pelas estruturas biofísicas basilares, são etapas fundamentais.

Os rios são estruturas vivas, parte fundamental do ciclo da água, mas são ecossistemas frágeis e não se compadecem com intervenções excessivas. A manutenção das galerias ripícolas obriga à criação de zonas de exclusão de intervenção, bem como a renaturalização de grandes áreas já intervencionadas anteriormente, repondo espécies fulcrais destas zonas, reforçando as margens para conter a erosão, restabelecendo a sinuosidade natural dos cursos de água, para garantir maior lentidão da corrente, porque a natureza não cresce com régua e esquadro, não é simétrica, nem retilínea. E é mais bela por isso. Devemos aprender a aceitar a irregularidade da natureza como garante da estabilidade do sistema.

A renaturalização, a noção de floresta, a desflorestação, os usos da madeira, os incêndios e o tipo de agricultura praticado, mas também a permanência de estruturas humanas na totalidade do território, tudo tem de ser repensado, não a curto prazo como é costume, mas como uma intervenção a longo prazo, de aplicação paulatina e pensada, para enfrentar o futuro sombrio que se avizinha.

A pandemia demonstrou, sem qualquer sombra de dúvida, que hoje em dia é possível a uma grande quantidade de trabalhadores exercer as suas profissões remotamente, com a mesma qualidade e eficiência do trabalho presencial.

Isto representa uma oportunidade imensa para o desenvolvimento do interior do país, levando para zonas praticamente abandonadas gente altamente qualificada e versada em todo o tipo de especialidades técnicas, muitos deles em novas tecnologias, que querem levar uma vida mais tranquila, mais próxima da Natureza.

Esta proximidade pode ser uma importante janela de aproximação também para aqueles que, em ambiente urbano, estão afastados da realidade do mundo rural, estabelecendo uma ponte entre os dois mundos, permitindo um maior acesso aos corredores do poder que decidem à distância, sobre um mundo sobre o qual não estão informados.

Afinal de contas, quando falta água, o mundo rural é o primeiro a sofrer.

Para fazer uma diferença significativa e conseguir inverter o ciclo de destruição do mundo natural, não nos privando do conforto conseguido pela evolução da tecnologia e do desenvolvimento científico, temos de rejeitar a uniformidade e optar por soluções diversas, adaptadas aos diferentes contextos, à regionalidade, que nos permitem avaliar ao longo do tempo as várias vantagens e desvantagens de cada opção e agilizar correções e inflexões, conforme os resultados obtidos e, em particular, no caso destas não produzirem os resultados esperados.

Não podemos persistir sempre nas mesmas soluções, muitas delas megalómanas e incomportáveis, porque isso desaproveita as milhentas inovações disponíveis e torna a escolha de outros sistemas potencialmente mais eficazes, mais pesada e onerosa.

Acima de tudo para obter resultados rapidamente e com o menor custo possível, sempre com o foco no longo prazo, é preciso investir na Natureza, permitindo-lhe que exerça a sua capacidade de se auto regenerar e de restabelecer o equilíbrio de que o planeta precisa.

Um artigo de opinião de Ana Serrão. Ana Serrão frequenta atualmente o curso de Agronomia na Escola Superior Agrária de Santarém e é licenciada em Tradução pelo ISLA. Como associada da "ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável”, tem trabalhado em iniciativas de ligação da associação à sociedade, com foco na mudança de mentalidades, hábitos de consumo e na gestão do arvoredo urbano.

22 mar 2022 08:15

https://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carreira/ecologia/artigos/a-agua-do-nosso-descontentamento

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