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Na expressão de P. DIAS e F. REBELO (op. cit., p. 13), "Os mais antigos vestígios que testemunham a presença do homem na região datam do período de ocupação romana, quando toda a Península Ibérica estava sob o jugo das hostes imperiais". Telhas, telhões, vasos e potes de barro, mós, utensílios de madeira, vidro e metal e até restos de calçada, entre outros, foram encontrados em diversos pontos do concelho, "(...) sobretudo nas proximidades ou mesmo já dentro dos perímetros urbanos da Lousã e de Serpins. Sabemos hoje também que na serra e no vale do Ceira houve, nesses tempos remotos, explorações auríferas importantes".
A. V. Lemos,(1951 p.14) tomando como alicerce o espólio arqueológico da Lousã e na opinião do filólogo Joseph Piel, sugere que a origem da vila remonta a uma herdade romana (ou villa romana) cujo proprietário (dominus) se chamava Lausus, dando origem à designação de "terra Lausana". ou Lausã, que, com o tempo, facilmente passaria a Lousã (...)
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Quando se escoavam os derradeiros anos da primeira metade do século X, culminando um longo período de lacunismo arqueológico e documental, eis que, finalmente, surge prova cabal da actividade dos homens nesta "região". Trata-se de um documento, datado de 943, que representa um contrato - de doação da herdade de Serpins - realizado entre um moçárabe e o abade Mestulio do Mosteiro de Lorvão onde, pela primeira vez, nos aparece o topónimo Arouce, que designava o povoado mais importante da região, localizando-se junto ao morro, semi-cercado pelo rio Arouce, onde mais tarde terá sido erigido o castelo (Fot. 2) com o mesmo nome, a SE da Vila.
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O documento mais antigo que nos permite inferir com algum rigor acerca da dimensão demográfica da vila e seu termo, é o Numeramento de 1527. Na vila da Lousã ...
Na vila da Lousã residiam então cerca de 650 habitantes, mais de 30% do total apurado no concelho, cujo limite ocidental se estendia até Rio de Vide (...)
Aceda neste link ao documento na sua versão integral.
Lousã: evolução de um pequeno espaço urbano
Paulo Carvalho
Cadernos de Geografia, N.º Especial
Actas do I Colóquio de Geografia de Coimbra, 1996, pp. 143-175
Fontes/Links:
https://www.uc.pt/site/assets/files/872493/artigo16.pdf
Outros Links:
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