Alto do Trevim
Visita de elementos do Turismo de Coimbra
30-9-1934
Afonso Rasteiro, ilustre fotografo de arte
1. ??
2. ??
3: Dr. Pedro
Mascarenhas de Lemos
4: Tenente Dr. Ângelo
Queirós da Fonseca
5: Dr. Laércio Simões
Lopes
6.??
7: Dr. Eugénio de
Lemos
8: Dr. Manuel Braga
9. ??
10.??
(José Maria de Melo
Meneses e Castro, de Coimbra? Amândio da Mota Veiga Casal, de Coimbra?, Joaquim
Gomes Porto, de Coimbra?, Adriano Peixoto, de Coimbra?, Francisco Lopes, da
Lousã? )
[Construção da Pirâmide do Trevim]
Aos onze dias
do mês de Julho de mil e oitocentos e dois anos em esta vila da Lousã e Casas
da Câmara dela, aí sendo presente o segundo tenente do Real Corpo de
Engenheiros Rodrigo Rebelo Palhais e o juiz actual José de Magalhães Mexia e
Macedo, e por ele dito juiz foi mandado vir à sua presença João das Neves,
desta vila, para depositário de quatrocentos mil reis, cuja quantia declara ele
dito juiz, recebera, na presença do dito tenente de Manuel Joaquim Pimenta por
ordem do Doutor Corregedor da Comarca, de cuja entrega declara ele dito juiz
passara um recibo ao sobredito Pimenta, declarando no dito recibo vir na
mencionada quantia quatro moedas em papel a saber quatorze apólices de mil e
duzentos cada uma, e uma de dois mil e quatrocentos reis, e como assim o
recebeu, e o mais em dinheiro de metal prata ouro, por esta mesma forma faz a
dita entrega dele o dito depositário João das Neves os quais recebeu na
presença de mim escrivão de que dou fé, e deles se obrigou a dar conta ou dos
conhecimentos por onde fez as entregas, passadas e assinadas pelo dito Tenente
para a construção da Pirâmide que o Príncipe Regente manda fazer na serra desta
vila de que vem encarregado o mesmo Tenente, de que fiz este termo que o
sobredito depositário assina, e eu João Coelho Leitão escrivão que o escrevi e
assino. — João Coelho Leitão. João das Neves
[Leitura, José Aberto Matos da Silva]
(Livro de Acordãos da Câmara Municipal da Lousã,
17-11-1793 – 13-12-1802, f. 88v-89.
Termo de
Depósito de 400000 reis para a constituição da Pirâmide
Aos seis dias
do mês de Agosto de mil e oitocentos e dois anos em esta vila da Lousã e Casas
da Câmara dela, aí sendo presente José de Magalhães Mexia e Macedo, Vereador
mais velho, Juiz de For a pela ordenação em a dita vila e seu termo, por ele
foi dito que recebera quatrocentos mil reis enviados pelo Doutor Corregedor da
Comarca, dos quais dera recibo de cuja entrega declara ele dito juiz passara um
recibo a um escrivão que dizia ser do fisco, de quem o dito Juiz o recebeu de
mão em mão com uma carta dirigida a este fim a ele dito Juiz, recomendava-lhe
agora nela a inspecção respectiva à Pirâmide para a sua autonomia e realização
das folhas e mandados para se pagarem as despesas feitas. Com autonomia
policial, e que ele Juiz mandaria pagar tudo a bem da Fazenda Real; em a qual
carta declara ele Doutor Corregedor da Comarca por sua própria letra mais o
seguinte, em papel moeda apólices de dois mil e quatrocentos reis cada uma,
vinte de oito mil reis cada uma e uma de mil e duzentos, e o mais em metal,
cuja remessa lhe foi feita aos vinte e sete de Julho de mil oitocentos e dois,
o que assim patenteia a dita carta e tudo o referido assim e, tudo por letra e
assinatura do Doutor Corregedor da Comarca de que dou fé, por me ser
apresentada a dita carta neste auto e a letra ser verdadeira. E logo sendo
presente o Depositário, João das Neves desta dita vila, por ele foi recebido os
ditos quatrocentos mil reis na forma declarada acima para assim mesmo se
distribuírem para os gastos pertencentes à feitura da mesma Pirâmide, dos quais
se obriga a dar conta ou dos mandados por onde os entregou o dito dinheiro, de
que fiz este termo que o dito Depositário assinou e eu, João Coelho Leitão,
escrivão que o escrevi e assinei. — João Coelho Leitão, João das Neves.
[Leitura, José Aberto Matos da Silva]
(Livro de Acordãos da Câmara Municipal da Lousã,
17-11-1793 – 13-12-1802, f. 89v-90.
Declaração
feita aos 25 de Novembro de 1802
Como deste
livro consta terem sido depositados oitocentos mil em dois depósitos de
quatrocentos mil reis em dinheiro metal, em dinheiro papel como consta deste
livros folhas oitenta e oito verso e oitenta e nove verso, que foram entregues
pelo Juiz vereador José de Magalhães Mexia e Macedo ao depositário deles João
das Neves, cujas somas dos ditos oitocentos mil reis recebeu ele dito Juiz, os
primeiros quatrocentos em moeda e papel como do termo do mesmo depósito consta
de uma lembrança que dou fé ser própria e verdadeira do escrivão Francisco José
dos Santos e Albuquerque que foi feita aos dez de Julho de mil oitocentos e
dois, a qual ele dito Juiz declara que o dito Albuquerque lhe entregara em casa
de Manuel Joaquim Pimenta de Carvalho da Cidade de Coimbra, da mão de quem ele
dito Juiz recebera os ditos primeiros quatrocentos mil reis em dinheiro metal e
em papel moeda a quem ele o dito Juiz passou um recibo da dita entrega e no
segundo depósito declara o dito Juiz que o Doutor Corregedor da Comarca Manuel
Caetano de Macedo remetera quatrocentos mil reis que lhe foram entregues com
uma carta do dito Ministro o que tudo recebeu em sua casa que é em a Quinta de
Santa Rita, subúrbio desta vila da Lousã, cuja carta é datada em Coimbra aos
vinte e sete de Julho de mil oitocentos e dois feita e assinada pelo dito
Corregedor da Comarca de que dou fé, na qual vem declarado à margem dela as
apólices e dinheiro que fazia a importância dos ditos últimos quatrocentos mil
reis, como se acha declarado no segundo termo de depósito a folhas oitenta e
nove verso, de cuja importância ele dito Juiz declara dera recibo ao portador
que lhos entregou que dizia ser um Oficial de Justiça; E outro sim declara o
mesmo Juiz que apresentando ao dito Doutor Corregedor as folhas e mais
conhecimentos tudo cobrado a bem da fazenda real, respectivo à Pirâmide e
incluído tudo em uma certidão assinada pelo dito Juiz e Procurador da Fazenda
Real, escrita e também assinada por mim escrivão atendendo a tudo e as entregas
que fez o dito Ministro na presença do Escrivão Francisco José dos Santos e
Albuquerque que o dito Ministro mandou vir perante si, lhe mandou passar o
recibo seguinte: Entregou o Senhor José de Magalhães Mexia de Macedo da Vila da
Lousã do acréscimo que ficou da despesa da Pirâmide a quantia de cento e trinta
e três mil cento e sessenta e cinco reis, de oitocentos mil reis que havia
recebido para a construção da Pirâmide que se fez na serra da mesma Vila, cuja
quantia do acréscimo entrou cento e trinta e dois mil reis em apólices, mil
cento e sessenta e cinco reis em metal; entregou mais trinta e quatro mil
quinhentos e cinquenta reis produto da madeira, ferragem e sacos que se vendeu,
tudo em metal e para sua lembrança passei a presente que vai pelo Senhor Doutor
Corregedor assinada, comigo Escrivão Francisco José dos Santos e Albuquerque
que o escrevi e assinei = Mando = Francisco José dos Santos e Albuquerque cuja
letra e sinais dou fé, serem próprias e verdadeiras do Escrivão, assinatura do
Ministro = de que tudo fiz este termo Joaquim Simões Ferreira, escrivão que por
impedimento do da Câmara o escrevi e assinei com o dito Juiz. — Joaquim Simões
Ferreira, José de Magalhães Mexia e Macedo
[Leitura, José Aberto Matos da Silva]
(Livro de Acordãos da Câmara Municipal da Lousã, 17-11-1793 – 13-12-1802, f. 91-92.
* A Pirâmide do Trevim em 2015 *
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