Relatório da FAO - 2025 - O retrato da floresta na região mediterrânica

 


Os números que traçam o retrato da floresta na região mediterrânica são estimativos e resultam de um inquérito piloto de deteção remota (que antecede o próximo relatório global da FAO sobre as florestas – o Global Forest Resources AssessmentFRA 2025), efetuado para treino das ferramentas avançadas que esta organização da ONU disponibilizou. O objetivo é que as ferramentas testadas passem a ser usadas por cada país para realizar as suas análises independentes e detalhadas sobre a respetiva área florestal, as alterações dessa área ao longo do tempo e os fatores que a determinam, a nível nacional, regional e do bioma.

Relativamente a Portugal e face à informação base do FRA 2020, o piloto exclui parte norte do território, que não corresponde às características do clima mediterrânico, indicando que a floresta mediterrânica portuguesa totalizava 2,4 milhões de hectares (73% da floresta nacional). A fonte primária dos dados nacionais é, contudo, anterior: remonta ao 6.º Inventário Florestal Nacional (IFN6), publicado em 2019, mas decorrente de levantamentos que caracterizam a realidade florestal em 2015.

O relatório recomenda o planeamento territorial com coordenação entre políticas (florestal, agrícola, de prevenção de incêndios) para que o pastoreio possa ser uma ferramenta eficaz de gestão sustentável.

O relatório salienta a necessidade de uma gestão adaptativa que favoreça uma composição de espécies diversificada, uma seleção de materiais de reprodução provenientes de regiões bem-adaptadas às condições e fatores de stress locais e a respetiva integração numa estratégia contínua de prevenção e gestão de pragas.

O relatório aborda ainda temas, como o dos Incêndios Florestais,  a expansão de espécies invasoras e o impacto negativo nos vários organismos nativos.

De 2010 a 2023, a área ardida em ecossistemas mediterrânicos foi avaliada em mais de 5,5 milhões de hectares, o que se salda em aproximadamente 395 mil hectares por ano. 49% desta área aconteceu nos países do Mediterrâneo ocidental, enquanto os países da zona oriental e sul viram 28% e 23% da sua área afetada, respetivamente. Os países mais penalizados neste intervalo de tempo, considerando a percentagem ardida face à área dos respetivos territórios, foram a Bósnia e Herzegovina, o Montenegro, a Albânia e Portugal.

Saiba mais, acedendo ao Relatório e a outros artigos sobre o mesmo.

Aceda ainda ao Global Forest Resources Assessment 2025.


Data: 3-11-2025


Fontes/Links:

https://florestas.pt/noticias-e-agenda/relatorio-da-fao-traca-retrato-da-floresta-na-regiao-mediterranica/

https://openknowledge.fao.org/bitstreams/1ceac563-58c4-48ce-b256-aaa23df81207/download

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