Serra da Lousã ao sabor de ventos adversos
Ao abandono das populações pela ditadura de Salazar, no século XX, seguiu-se o êxodo forçado para Américas e Brasis.
Nas últimas décadas, porém, famílias inteiras quiseram reinstalar-se nas terras e casas que são suas.
Sem acessos condignos, luz, telecomunicações, outros bens e serviços públicos básicos, não têm conseguido regressar para refazerem a vida e tantos sonhos legítimos.
Nesta história triste, temos filhos e enteados.
Intrusos de bolsos cheios de dinheiro acolhidos com revoltante passadeira vermelha.
No faroeste dos filmes de cobóis, metediços e foragidos entravam à força da bala nos acampamentos e cidades.
Na Serra da Lousã, quase meio século após o derrube do fascismo, os ocupantes parecem chegar com prebendas e guarda de honra.
Irresponsáveis do Terreiro do Paço mandaram retirar guardas florestais e guarda-rios.
Com o Estado de Direito sumido no interior de Portugal, abutres pairam no céu e estão à espreita nos antigos lugares agropastoris de diversos municípios ligados à Serra da Lousã.
Na Silveira de Baixo, Aldeia do Xisto no concelho da Lousã, por exemplo, o panorama é desolador, como noticia na página derradeira a última edição do jornal Trevim.
Sobra alguma legalidade democrática?
Resta algum poder público capaz de pôr mão nisto?
Resta algum pudor?
Pela direção da Associação São Lourenço
Casimiro Simões
Fontes/Links:
https://www.facebook.com/groups/178482368900321/permalink/6159352144146617/?fs=e&s=cl
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