As Aldeias Serranas, as suas gentes e modo de vida


Aldeias Serranas, que futuro? 

Trabalho realizado por: Susana Moita, Lurdes Silva, Catarina Fernandes e Isabel Lopes (23/10/2003)  

Introdução

É no concelho da Lousã, que está a grande fiada de aldeias de pedra sobre pedra que conservam ainda as características centenárias, quase a pique, situadas em pequenos socalcos que aproveitam o acentuadíssimo declive das encostas, em que o cinzento escuro do xisto contrasta com o verde dominante.

São nove lugares agro-pastoris que se situam entre os 700 e os 820 metros de altitude e que formavam três conjuntos, por razões de culto à Santíssima Trindade: Silveira de Cima, Silveira de Baixo e Cerdeira; Candal, Vaqueirinho e Catarredor; Chiqueiro, Casal Novo e Talasnal.


Os lugares da Serra formam um grupo com identidade própria, identidade essa que teve como espaço produtor a Serra, com grande densidade de relações dentro do conjunto. De facto as aldeias são indissociáveis, mas a desertificação e o abandono diminuíram a homogeneidade do conjunto.

Os objectivos principais deste trabalho passam pela caracterização das aldeias serranas do concelho da Lousã, focando a sua História e enquadramento sócio-económico ao longo dos tempos, para assim tentar compreender as causas de desertificação e abandono destas mesmas aldeias por parte das populações residentes, fenómeno este que atinge várias regiões interiores do nosso país.

Após a descrição das causas de desertificação tentou-se apreender quais as potencialidades que estas aldeias possuem, e formas de revitalização das mesmas.

 

A História da ocupação das Aldeias Serranas

O processo de instalação de comunidades nestes ásperos relevos terá sido muito semelhante ao de outros povos – grandes movimentos demográficos e pequenos episódios particulares hão-de ter levado grupos e casais a fixar-se, no entanto existem várias teorias sobre a origem desta ocupação.

Há 300 ou 400 anos, a cultura de regadio terá permitido encetar uma economia de subsistência na serra árdua, constituindo-se comunidades com tradição agro-pastoril. Há ainda a possibilidade de “estarmos perante resquícios de velhas migrações ou transumâncias que pouco a pouco se foram fixando”. De facto, os anciãos podem ainda recordar-se da visita, nas estações mais quentes, de rebanhos de ovelhas da Serra do Açor e da Estrela para as zonas de pasto mais fino da Serra da Lousã e até o hábito de comprarem a esses pastores o estrume que os animais deixavam.

O Geógrafo Orlando Ribeiro refere que poderá aqui existir uma herança social castreja, pois as aldeias estão situadas em locais de fácil defesa, mas por não haver até à data vestígios de nenhum achado arqueológico e por ser uma zona com um solo pouco produtivo leva-nos a afastar essa hipótese.

Segundo narraram alguns moradores, alguns pares amorosos ou grupos fugidos podem ter originado as povoações – verdade ou imaginação popular? A resposta está perdida no tempo.

Há referência aos povos da Serra em documentos do século XVII (de 1679 e 1687) – uma multa e um registo de propriedade foral. Os antigos moradores davam várias explicações para o povoamento da serra: uma delas é que D. Dinis povoou a serra com casais - uns prosperaram outros não, e daí as casas perdidas; outra, D. João de Cáceres foi viver para um rochedo perto do Catarredor e desta forma chamou gentes (explicação através da Lenda do Ermitão do Candal); que por vezes um casal fugia para a serra; que com as Invasões Francesas o povo foi para a serra (explicação certamente errada, visto que nessa altura a serra já estava povoada).

 

Sociologia e economia em tempos idos

As relações entre os camponeses restringiam-se bastante ao grupo das aldeias. Uma complexa malha de relações fazia com que os elementos das aldeias promovessem a entreajuda, mais por uma questão de economia e sobrevivência que por vontade de sociabilizar. Viver num ambiente social frágil em condições naturais adversas, tornava as pessoas mais vulneráveis.

A organização social orientava-se muito mais pela família ou pela “casa”. As relações económicas implicavam as de parentesco, pois dependiam da propriedade. Os casamentos circunscreviam-se aos grupos de aldeias e regiam-se pelas regras das relações de parentesco.

Com ou sem estradas, os lugares da Serra da Lousã sempre estiveram em relação com o exterior. Os serranos iam pelos caminhos apertados – contaram os mais antigos que ao domingo “parecia um formigueiro”.

Semanalmente, iam pelos carreiros para trocar produtos na Lousã; ocasionalmente seguiam para Miranda e outros lugares do vale da serra para venda de carvão, castanhas piladas, compra de carretos de cal e telha, trocas comerciais estas que ocorriam também nos próprios lugares, com compradores de gado, mel e ferro velho, ou com ourives e farrapeiros. Com uma regularidade anual, deslocavam-se, para os mesmos fins, ao Sto. António da Neve e às feiras de Poiares, Serpins, Condeixa, Coimbra...

A vila e as aldeias necessitavam de manter relações, mas a vila mostrava o seu domínio, com a central hidroeléctrica ou a fábrica de papel do Prado, enquanto que as aldeias ofereciam produtos que não seria difícil conseguir no vale. Na vila compravam-se enxadas, ancinhos, pás e machadas de ferro indispensáveis aos serranos, sendo também aqui que viviam os homens com mais poder – escrivãos, médicos – e que, falando numa linguagem estranha, podiam ajudar o camponês em pequenas necessidades. É o compadre quem o orienta: trata de impostos, licenças, do tratamento de doenças ou de livrar os filhos da tropa e pode receber géneros em vez de moedas.

O dinheiro proveniente da pastorícia (lã e animais vivos) era gasto em multas, foros e impostos (“vendia-se uma cabra, pagava-se a décima”), o que desagradaria e criaria algum sentimento de hostilidade nos aldeões.

Por outro lado, só na vila se poderiam encontrar pedreiros, carpinteiros, roupas, calçado, solas fósforos, sardinha ardida (muito usada e guardada num prato com sal, ficando amarela) e, mais recentemente, bacalhau, café, açúcar ou arroz. Também compravam, quando necessário, fruta (raríssima exceptuando a castanha) e até milho e batatas – por vezes, os serranos tinham tão fraca produção que tinham ainda que comprar estes alimentos. Por isso conta-se que na II Grande Guerra passaram grandes dificuldades, pois não havia pão na Lousã. A terra era pouca. Quando a enxurrada levava a terra, os homens eram obrigados a transportar em ombros, com ceiras o que a água lhes tinha levado. Para mais, a terra tinha baixa produtividade e era imperativo adubá-la com estrume de mato, carqueja, tojo, folhas de castanheiro que eram misturados nas lojas do gado com os excrementos dos animais e a cinza das fogueiras. Só nos anos 60 se começou a utilizar o adubo.

 

“Para além da agricultura, das ovelhas e cabras e alguns porcos e galinhas, havia, por outro lado, uma abundante produção de castanhas e azeitonas” , pelo que se comia castanhas piladas.

“Cada lugar tinha entre 150 e 300 cabeças (entre ovelhas e cabras) (...) Desse gado, o leite quase só era usado para os vitelos, embora as povoações que possuíam mais cabeças, nomeadamente o Vaqueirinho e o Catarredor fizessem bastante queijo, que vendiam na vila”.

Os negócios de bois no Sto. António da Neve, e as vendas na Catraia da Ti Jaquina eram muito importantes.

A economia destes lugares era de subsistência, com as populações a dedicarem-se exclusivamente às actividades tradicionais de agricultura e pastorícia o que, aliado ao isolamento geográfico das aldeias, alimentava a ideia de que o mundo exterior era uma esfera ilimitada de possibilidades incalculáveis.

Nos lugares passavam “regularmente compradores de gado (porque nas feiras os serranos quase só vendiam bois), de mel, de ferro velho, bem como ourives e farrapeiros”.

 

Gastronomia

A escassa variedade alimentar não significa que não existam grandes legados gastronómicos da Serra da Lousã. É um facto que a alimentação, nos primeiros tempos de povoamento da Serra, se limitava ao centeio, à castanha e à couve. Mais tarde passou a cultivar-se o milho grosso, a batata, o feijão. Carne, só por doença ou festa. Só se matava um porco ou uma cabra na festa anual ou no Carnaval - só em data especial se comia carnes e tempero de carne de porco.

A castanha teve um papel preponderante na alimentação do povo da Lousã, assim como as hortaliças, a caça e alguns produtos de animais domésticos, juntamente com pão e trigo e centeio. Depois vieram o milho e a carne de açougue, e, mais tarde a batata, o arroz e o peixe seco (bacalhau e outros), o peixe de água doce – truta e bogas desde há muito são utilizados, uma vez que estavam acessíveis no rio Arouce ou mesmo no Ceira.

Gastava-se uma maior quantidade de azeite, mas relativamente pouco vinho. O arroz doce nunca faltava nos casamentos, com belos desenhos e letras bordadas com canela.

Nos últimos tempos do século XIX, a alimentação da maior parte dos Lousanenses resumia-se ainda à broa (em geral de milho amarelo, moído nas muitas azenhas espalhadas ao longo dos rios e levadas), hortaliças (couves e nabos), batatas, feijão, arroz, sardinha, azeitonas e bacalhau (sobretudo na Quaresma). As sopas em geral continham pouco caldo, ou eram quase secas, eram postas sobre broa esfarelada e abundantemente regada com azeite no prato.

 

Festividades

Embora os serranos não fossem muito religiosos, cada conjunto de três aldeias tinha uma capela comum no lugar do centro, o maior, onde se realizava a festa e o baile. Nestas ocasiões todos se uniam e comemoravam em festas de índole religiosa.

As aldeias tinham também festa anual. As canseiras de um ano de trabalho eram vingadas na eira ou no largo da capela. O tipo de festa era bastante idêntico em todos os lugares: primeiro o culto litúrgico com missa e sermão, sem bandas; depois, o aspecto lúdico dos tocadores populares.

Os serranos fechavam a festa na sua comunidade, vendo com desconfiança o homem engravatado da vila que poderia atrever-se a visitar os seus vizinhos. Os habitantes da serra só se deslocavam a outras festas ou locais de culto por motivações pessoais como promessas, doença ou necessidade de travar novos conhecimentos.

O centro da Serra, local culto religioso e pagão e de trocas comerciais era o Santo António da Neve, onde era demonstrada a solidariedade da serra. Juntavam-se nove aldeias com Lousã, Serpins, Vilarinho, Coentral, Castanheira de Pêra. Embora que as aldeias fizessem bailes entre si, as outras freguesias faziam bailes à parte; se, durante o ano alguém dissesse “No Santo António pagas-mas”, isso significava que o jogo do pau iria ser, mais uma vez, uma forma de resolver problemas.

Na Assembleia de povos serranos, discutiam-se interesses e necessidades dos povoados, compravam-se e vendiam-se bois, gado de serrano abastado, que poucos possuíam. Os bezerros eram comprados para fornecerem estrume ou para revender - eram “capital de reserva”. Os bois não eram utilizados na lavra pois havia dificuldade de os fazer passar pelos caminhos estreitos e irregulares.

A Catraia da Ti Joaquina também era um local central e excêntrico a qualquer freguesia, onde se fazia tosquia colectiva e leilão de lãs, a que vinham especialistas e compradores de tão longe como o Alentejo. A Catraia era apenas uma casa e um barracão grande onde ficavam alojadas pessoas que amanhavam as suas terras. Na casa havia uma tasca das que davam “cómodo e calor” (por vezes urgentes, quando o nevoeiro se abatia rapidamente sobre a serra) aos serranos e seus gados.

Arquitectura

Durante séculos a população viveu do que conseguia tirar das terras e dos rebanhos, e a construção das casas reflectia estas limitações: as casas das aldeias foram construídas a partir de matérias-primas fornecidas pela Mãe-Natureza. Para fazerem as suas casas típicas e de arquitectura popular, sempre utilizaram o xisto, pedra abundante na região.

As habitações mais primitivas tinham só um piso, foram construídas pedra sobre pedra sem liga de massa e com cobertura de colmo e xisto. Dessas casas, mais tarde utilizadas como currais, há poucos exemplares. As casas posteriores foram feitas de pedras ligadas por uma massa de argila e palha. Por norma, eram constituídas por lojas térreas - destinadas aos animais ou a armazém agrícola - e por um andar superior, uma divisão ampla. O xisto no telhado foi sendo progressivamente substituído pela telha de canudo coberta de ardósia negra e o beirado de lajes de xisto. Em algumas casas, havia forno de pão a um canto.

A divisão do piso superior era ampla e escura, com uma lareira e bancos compridos em redor e tinha por cima o “caniço”, um tecto falso constituído por ripas instaladas de madeira, por onde entrava o ar quente da lareira baixa que, deste modo, acelerava o processo de secagem da castanha. Só na segunda metade do século XIX, a divisão passa a ser compartimentada por finas tábuas que separam o quarto da cozinha.

Embora esporadicamente se pudesse utilizar para os barrotes a madeira de pinho e carvalho, era mais frequente o uso da madeira do castanheiro - muito mais resistente. As portas, os portões, as pequenas janelas e as dobradiças eram do mesmo material e funcionavam com eixo, abrindo para dentro. Os vidros eram raros e chegaram tarde.

Por fora das casas, ficaram vielas estreitas e sombrias em terra batida, ou escadarias intermináveis com degraus rústicos de vários os tamanhos, sempre que o declive a isso obrigava. Entre as casas, apenas o espaço para passar e as eiras, antes pertença de alguma casa, mas quase comuns, que são hoje mais públicas que privadas.

As aldeias tiveram um aumento populacional até 1940, atingindo neste ano o maior número de residentes. Contudo a situação inverte-se nos anos seguintes – a reflorestação incentivada pelo estado devido á degradação dos solos deixou as aldeias sem baldios para o pastoreio, que era a principal actividade dos habitantes.

As escolas fecharam, as aldeias passaram a ter maior dependência da vila. Antigos habitantes mudam-se para o vale, abandonam os bens e terras e vão às aldeias apenas em épocas grandes.

Em 1981, registaram-se lugares desertos como Cerdeira, Vaqueirinho e Casal Novo e as restantes com níveis populacionais irrisórios.

 

Actualmente, nas aldeias da serra da Lousã, no concelho da Lousã, há muitos estrangeiros principalmente alemães que, para bem ou para mal, vieram dar um novo alento às aldeias.

Foram catalogados como novos hippies que vivem alheios à sociedade. Estes habitantes preferiram o Catarredor, a Cerdeira e o Vaqueirinho.

Uns são naturalistas que praticam a sua agricultura biológica de subsistência, recuperam ao seu modo as casas abandonadas e vivem no ideal de poder melhorar o mundo que os envolve e liberta; outros, viajantes, passam pelas aldeias e apenas ocupam temporariamente uma casa em ruínas, partindo depois para outros lugares; outros procuram fazer da aldeia o seu paraíso, investindo na sua proteção e manutenção, aproveitando a inspiração do habitat que reflectem nas suas artes. Há quem sobreviva com os subsídios do país de origem, há quem trabalhe na vila e quem arranje casas de xisto e trate de terrenos baldios.

Também se encontram pastores convictos e orgulhosos do seu ritmo de vida, pessoas comuns que decidiram romper com a civilização por estarem cansados de viver em terras onde não há espaço para a natureza e os idosos que resistiram à saída de todos os vizinhos e assistem à entrada de novos rostos.

(…)

- Depoimentos dos habitantes

No âmbito deste trabalho, efectuamos algumas entrevistas a pessoas residentes nestas aldeias (quer as que as habitam a tempo inteiro, quer as que estão somente ao fim de semana), com o fundamento de entender o que os levou a escolher estes locais aparentemente pouco convidativos, pelo menos no que diz respeito a condições de habitabilidade. Tentamos também alcançar quais as necessidades que estas pessoas sentem e as potencialidades que as aldeias serranas possuem para contrariar a sua desertificação.

 Aldeia do Candal

Louzan Henriques
Doutorado em Psiquiatria
Natural: Lousã

O entrevistado Lousã Henriques proporcionou-nos uma tarde de narrativa do historial da serra  a Lousã desde o período câmbrico até ao presente, pelo que pudemos aproveitar os seus conhecimentos para a elaboração deste trabalho. Manifestou também a sua opinião sobre a forma como se poderia dar continuação ás raízes das pessoas destas aldeias. E uma das formas, é sem dúvida o turismo. Não o chamado turismo de qualidade, pois esse torna-se muito caro e seria descabido nestas aldeias; este morador não estava a ver os ingleses, por  exemplo, a darem 200 euros por uma noite neste local, quando poderiam usufruir com o mesmo preço de outros locais com muito mais luxo e comodidade. Turismo sim, mas para a camada jovem – adulta, a que lhe chamou “turismo de pé descalço”, apoiado por um restaurante e café, permitindo fazer turismo a um preço acessível.

Podia-se também aproveitar infraestruturas inutilizadas, como por exemplo a escola primária, para casamentos e outros eventos.

Talvez a autarquia pudesse criar umafigura de guardiãofixando dois ou três casais, mantendo um trabalho de limpeza às casas e algum pequeno comércio.

(…)

Aldeia do Talasnal

–  Depoimentos

(…)

Aldeia do Vaqueirinho

–  Depoimentos

(…)

 

Aldeia do Catarredor

Beatrix
Nacionalidade Alemã

A Beatrix é uma alemã que se encontra em Portugal à muitos anos. Na aldeia do Catarredor está aproximadamente à 13 anos onde vive com os seus filhos e mãe. Tem uma mentalidade bastante aberta e ao contrário de muitos dos habitantes estrangeiros destas aldeias, mantém um bom relacionamento com o resto da população.

É uma pessoa que se distingue também, pela sua preocupação na preservação e desenvolvimento das aldeias, tendo inclusive criado uma Associação denominada “Dínamo Verde”, a qual tem por objectivo a criação de alojamento para turismo serrano; preservação e recuperação de casas e caminhos serranos; proteger os ecossistemas serranos, procurando o equilíbrio entre os seus vários habitats naturais; dinamizar e divulgar a vida cultural na serra.

(…)

 

Conclusão

Em termos de extensão rural, o que se pode fazer para contrariar a desertificação destas aldeias serranas? O que se pode potenciar?

 

“Todos nós temos uma visão um pouco folclorista que tende a ser irracional”:

- Teremos o direito de desejar que outra gama do nosso povo viva com os nossos avós? Não!

-Há alguma aptidão agrícola para a produção de qualquer coisa que se tornasse rentável e que permita uma vida decente às pessoas? Não!”. ( Louzan Henriques)

 

Perante estas constatações e pelo que foi dito ao longo do trabalho, quando se pensa em praticar extensão rural nestas aldeias, só resta o turismo!

Não um turismo de massas e impessoal como o que se pratica no Algarve, mas sim um turismo inserido no espaço rural, aproveitando as casas do xisto, que pela sua beleza estética aliada ao deslumbramento da paisagem da serra, oferecem condições para que as pessoas possam desfrutar de umas férias sossegadas e retemperadoras.

A desertificação do interior é uma realidade inquietante do nosso país e para a combater não cabe só às autarquias e entidades governadoras tomarem iniciativas, mas sim a toda a sociedade civil. Afinal estas aldeias são um bem de todos, que importa preservar. Será necessária uma mudança de mentalidades, ainda que lenta e gradual, para que este fenómeno de abandono das pequenas aldeias seja a pouco e pouco eliminado.

É imprescindível o apoio às associações ligadas ao desenvolvimento local, e a existência de uma forte coesão entre elas e todas as pessoas envolvidas.

 

Fontes:

“ALDEIAS SERRANAS, QUE FUTURO?”

DESENVOLVIMENTO E EXTENSÃO RURAL

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BEJA

In SERRA-LOUSA_Trabalho Aldeias Serranas.pdf

23/10/2003


Leia também sobre este tema a obra de Paulo Filipe Monteiro "terra que já foi terra" das Edições Salamandra, 1985 - 290 páginas.



Data: 5/07/2022

ΦΦΦ 

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