Aldeia Serrana do Vaqueirinho, Serra da Lousã - Blog de divulgação da aldeia de xisto do Vaqueirinho (by AMPV Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho)
9 de março de 2023
6 de março de 2023
os Javalis de volta à atualidade
Javalis e Unicórnios
Sim,
são poucas, mas no mundo rural vivem pessoas. Pessoas que têm direitos, pessoas
que não podem ser espoliadas das suas casas, terras, viveres por quem acha no
conforto da Urbe saber o que precisam
“Na
regulação de populações naturais, a caça não é um método eficiente”
(Luís
Vicente, Liliana Vieira e Ana Pereira, PAN)
A
citação acima é de um artigo de opinião (Jornal Mais Ribatejo de 16 de Dezembro
de 2022) onde os autores respondem negativamente à questão de os Javalis serem,
atualmente, considerados uma praga. Tecendo um conjunto de infantilidades sobre
a espécie, aproveitam-se da questão para propaganda política ao defender a
agenda do PAN para o mundo rural, onde se inclui, entre outras tolices, o ódio
cego à caça.
A
coisa começa com um diagnóstico errado: a desflorestação, fragmentação de
habitats, monoculturas, assim como os incêndios, e consequentes faltas de
espaço e alimento trazem os javalis para perto do Homem. Ora deveriam saber que
os javalis não são esquisitos, nem em termos de habitat nem de alimento. O que
os traz para perto do Homem? Serem mais, muitos mais.
Mas
os autores clamam por estudos porque acham que o “boom” não tem base
científica. Um dos muitos vícios políticos: estudos e mais estudos para,
enquanto se aguarda pelo óbvio, nada se fazer… Há cerca de um século, o Javali
ocorria em meros 5% do país, sobretudo junto à fronteira (F. Lopes & J.
Borges, 2004). E a situação da espécie ainda piorou com os surtos de Peste
Suína de meados do século passado, ao ponto da sua caça ter sido proibida em
1967 e de dois anos depois, Baeta Neves o apresentar à IUCN como uma espécie
ameaçada. Isto é, há apenas 50 anos, estava praticamente extinto em Portugal!
Todavia,
a partir daí, o javali encetou uma espantosa recuperação. As primeiras
Montarias dos tempos modernos, realizaram-se na década de 1980 (Fonseca e
Correia, 2008), já a espécie ocorreria em cerca de 20% do país (Bugalho et al.
1984). Mas a expansão da espécie (com elevada taxa reprodutiva) nem assim
abrandou, encontrando-se, nos nossos dias, literalmente, por todo o país
(Bencatel et al. 2019: “Atlas de Mamíferos de Portugal”).
Como
facilmente se percebeu pelo elevado número de participantes do programa
Contra-Corrente do passado dia 28 de Fevereiro, esta expansão é uma fonte de
problemas para o homem, que vão da perigosidade do contacto em zonas muito
populosas (como cidades ou praias), ou da colisão com veículos, à perda de
biodiversidade (por exemplo nas Matas da Arrábida), assim como ao risco de
propagação da Peste Suína e afetação do porco-doméstico (espécie muito
importante para nós, da alimentação à medicina), e, claro, aos estragos
agrícolas, problema agravado pela dificuldade de adotar medidas restritivas,
dados os custos e/ou ineficiência dos métodos de proteção – claro que para o
PAN é muito fácil falar em cercas ou em esterilização, sem explicar com que
dinheiro e eficácia…
Não
é, assim, necessário mais nenhum estudo para perceber que urge, então, gerir as
populações deste animal, e para isso a caça afigura-se, como uma indispensável
ferramenta de gestão.
Não
resolve o problema como dizem os autores? Pois não. Ao contrário do que
costumamos pensar, a predação dificilmente o faz. Os javalis foram neste
território predados por leões, leopardos, hienas, dentes de sabre, etc.,
animais hoje extintos, restando como únicos predadores lobos e homens (que os
caçam continuamente há centenas de milhares de anos). E se isto está mal
estudado em Portugal, podemos confirmar por estudos no país vizinho: por
exemplo Nores et al. 2008, para as Astúrias, calcularam que lobos e homens
juntos (3 a 4 vezes mais os segundos que os primeiros) não chegavam a responder
por metade das mortes anuais de javalis; Tanner et al. 2019 acrescentam que a
expansão do javali tanto se deu em zonas sem como com lobos…
Mas
se não resolve o problema, não os caçar só o agravava em múltiplos aspetos. Com
efeito, as vantagens vão da valorização económica ao turismo ou à gastronomia,
passando pela conservação de espécies raras da flora ou pela diminuição e
fiscalização do furtivismo (esse sim lesivo para várias espécies. E se, no
mundo de Unicórnios onde vive o PAN, a solução são mais restrições e
fiscalização, no mundo real, em muitos lados não se vê vivalma, quanto mais um
polícia ao longo de anos…) e, no limite, à proteção da própria espécie contra a
propagação de doenças como a Peste, que, no passado, já o levaram ao limiar da
extinção, assumindo o homem, desta forma, simplesmente o seu papel ecológico de
predador multi-milenar de javalis.
Por
último, e não menos importante, vai ao encontro da satisfação das populações
locais – mesmo que os seus efeitos não sejam eficientes. Até porque, como disse
no já citado programa o Arq. Henrique Pereira dos Santos, malucos há muitos,
até para (além de laços, venenos, etc.), por revolta (e é aflitivo quando
alguém, como um vizinho da minha aldeia contava, semeou uma vez, viu tudo
destruído, tentou uma segunda vez, com o mesmo resultado e à terceira…
desistiu) fazer uma loucura como a de propagar propositadamente uma doença como
a Peste Suína!
Sim,
são poucas, mas no mundo rural vivem pessoas. Pessoas que têm direitos, pessoas
que não podem ser espoliadas das suas casas, terras, viveres, etc. por quem
acha no conforto da Urbe saber o que elas precisam melhor que as próprias…
Pessoas que pagam impostos, e que não devem ver as suas aflições ignoradas.
Porque, afinal de contas, são também portugueses!
Artigo de Opinião
Por:
João Adrião
Gestor Ambiental e Florestal
Data: 5-03-2023
https://observador.pt/opiniao/javalis-e-unicornios/
Veados e javalis obrigam ao abandono de terrenos agrícolas
“Eu tinha uma quinta que era um paraíso, que se tornou num autêntico inferno”. É desta forma que Joaquim Bernardino, residente e proprietário de vários terrenos na localidade de Carvalhais, na União das Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal, descreve o estado atual da sua quinta, após, ao longo de várias noites, veados e javalis, destruírem as vedações, as produções e as árvores, deixando bastante prejuízo.
“As
pessoas constroem vedações e tentam proteger os terrenos, mas os animais
conseguem sempre entrar e acabam por estragar tudo. Plantamos hoje, amanhã já
está destruído”, contou o agricultor. “Como não há apoios, as pessoas acabam
por desistir e abandonam os terrenos porque torna-se impossível cultivar algo
devido à presença destes animais”, acrescentou. Segundo Joaquim Bernardino,
“todos os campos agrícolas a nascente da autoestrada 13 (A13) estão
abandonados. No outro lado da A13 ainda não se vê tanto”.
Joaquim
afirma que a presença destes animais começou no início dos anos 90 e que daí
para cá o número de javalis e veados tem vindo a aumentar na região. Estima que
existam cerca de três mil veados em toda a Serra da Lousã.
Milhares
de euros de prejuízo
Como forma
de controlar a entrada destes animais nos terrenos, Joaquim e outras pessoas da
aldeia já investiram em material para conseguir proteger as suas produções
agrícolas. No entanto, devido ao facto de serem animais de grande porte acabam
por conseguir ultrapassar a vedação.
“Num
terreno com quatro mil metros quadrados tenho mais de 25 mil euros de
prejuízo”, disse Joaquim Bernardino. “Para terem uma ideia, plantei 63
oliveiras, neste momento restam apenas 12”, contou.
Tozé
Bastos, proprietário de vários terrenos na mesma localidade, afirma que “as
pessoas querem vedar os terrenos mas não tem apoios”. Este proprietário admite
que é importante criar medidas de controlo e de contenção da ação dos animais.
Ambos os
agricultores referem que não têm nada contra os animais, mas “alguma coisa tem
de ser feita.
Os
terrenos de Joaquim Bernardino situam-se ao longo da A13 e, devido a essa
situação, já se registaram alguns acidentes com veados.
Instituições não resolvem o problema
Joaquim
Bernardino já tentou, por diversas vezes, pedir um encontro com os responsáveis
do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mas que não
obtém resposta.
“Ligo para
o ICNF de Coimbra, mandam-me ligar para Viseu, ligo para Viseu, mandam-me ligar
para Castelo Branco e andamos sempre nisto”, contou.
A Câmara Municipal
de Penela está a par da situação, mas, segundo Joaquim Bernardino, ainda não
conseguiu dar resposta aos problemas. “Houve uma reunião com o município e com
a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) ,mas não se deu seguimento a
nenhuma solução”, contou.
Município
procura mitigar problema
Contactado
pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente do Município de Penela, Eduardo Santos,
sabe que o problema existe mas que “não é fácil de resolver”. “Esta é uma
questão que se agravou durante a pandemia porque não houve um controlo da
densidade e deu-se um aumento do número de animais”, disse.
Eduardo
Santos admite que “este é um problema que tem de ser resolvido com as várias
entidades, como por exemplo com as concessões das zonas de caça, mas que não há
uma solução milagrosa para acabar com o problema.
“Queremos
fazer algo para que os agricultores não abandonem os terrenos”, afirmou Eduardo
Santos, mostrando-se solidário com a situação, devido ao facto de que um
terreno abandonado será também uma preocupação na época dos incêndios.
Data: 6-03-2023
Fontes/Links:
https://www.asbeiras.pt/2023/03/veados-e-javalis-obrigam-ao-abandono-de-terrenos-agricolas/
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3 de março de 2023
21 de fevereiro de 2023
20 de fevereiro de 2023
15 de fevereiro de 2023
ainda sobre os cortes rasos na Serra da Lousã...
A exploração madeireira com objetivos sanitários assegura o futuro das florestas?
Muitos silvicultores afirmam que a exploração madeireira sanitária é fundamental para assegurar os futuros recursos económicos das florestas. Em muitas áreas protegidas, a exploração madeireira sanitária é usada como uma forma de gestão intermédia para prevenir ou impedir infestações que se espalham para outras árvores próximas. No artigo anterior desta série, focámo-nos no impacto da exploração sanitária na biodiversidade. A questão deste artigo é saber se as práticas sanitárias de exploração madeireira, tal como hoje implementadas, são a forma de assegurar adequadamente o futuro das florestas.
Conflitos ideológicos
Para as comunidades locais, a exploração madeireira proporciona prosperidade económica. Muitas famílias têm laços muito estreitos com a indústria florestal, muitas vezes gerações após gerações obtêm o seu rendimento da silvicultura. E mesmo que a investigação científica prove claramente que a eficiência termodinâmica de uma floresta, o que significa que a resiliência contra as alterações climáticas depende da variedade de idades, espécies e estrutura, e que a exploração madeireira tem um efeito negativo na biodiversidade, muitos silvicultores não se manifestam a favor da introdução de práticas florestais mais sustentáveis. A que se deve isso?
Ambientalistas e silvicultores procuram frequentemente o mesmo objetivo: ter uma floresta saudável, rica em biodiversidade e resiliente contra as alterações climáticas. O conflito reside, portanto, num nível mais ideológico. As leis ambientais da UE e a consciência ecológica emergente dividem as pessoas a quem acredita que a natureza deve assumir o controlo da sua regulação, e o grupo que acredita que a natureza simplesmente não pode sobreviver sem a gestão humana. Neste sentido, apesar da evidência em contrário, os silvicultores muitas vezes sentem que é necessário intervir quando há um surto, para salvar a floresta e, portanto, a sua fonte de rendimento. Os ambientalistas estão nestas situações muitas vezes retratados como os maus da fita, os chamados "eco-terroristas", que se opõem ao uso de uma moto-serra independentemente do contexto. A situação é, portanto, bastante simplificada, faltando meio termo: os ambientalistas recebem os seus salários para fazer campanha por processos naturais, os silvicultores recebem os seus salários para gerir as suas áreas de serviços florestais.
As más práticas no abate de árvores prejudicam as florestas
Os cortes rasos feitos de forma errada, mesmo que feitos por razões sanitárias podem danificar a vida selvagem, a qualidade da água e, em geral, a beleza cénica de uma área. Florestas sustentáveis e escolhas inteligentes provêm do conhecimento recolhido por ambientalistas e silvicultores. A realidade é que as leis e regulamentos ambientais não causarão impactos económicos adversos e os ambientalistas não são inimigos. Estas leis ambientais são essenciais para especificar ações como o cumprimento dos requisitos de zonagem ou o respeito das áreas de corte restrito, por exemplo, nos períodos de nidificação ou de acoplamento de veados vermelhos. As florestas são ecossistemas vulneráveis e os padrões climáticos extremos mudam precisa de uma gestão florestal integrada claramente definida, na qual todos os especialistas têm a sua palavra.
Rumo a uma silvicultura sustentável
Com o turismo natural a ganhar uma rápida popularidade em áreas protegidas, os turistas podem contribuir para uma maior extensão da economia local anualmente do que os poucos locais que trabalham na silvicultura. Tendo uma abordagem de gestão coordenada, os parques nacionais podem ser um local para processos naturais e diversidade biológica, servir como recreação para locais e turistas e, ao mesmo tempo, contemplar áreas que assegurem madeira para os locais. Vamos encontrar um ciclo equilibrado entre a função de produção da floresta e a sua população selvagem.
Fontes/Links:
https://wilderness-society.org/does-sanitary-logging-secure-the-future-of-forests/
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14 de fevereiro de 2023
iniciativas...
Primeiras árvores do projeto Floresta da Serra do Açor completam dois anos
As primeiras árvores do projeto de reflorestação Floresta da Serra
do Açor chegaram às encostas da Serra do Açor, em Arganil, há precisamente dois
anos. Desde essa altura, foram plantadas 600 mil espécies resistentes ao fogo e
foram alvo de diferentes intervenções 750 hectares de terrenos comunitários
ardidos no incêndio de outubro de 2017. Este projeto a 40 anos prevê a
plantação de mais de 1 milhão e 800 mil árvores em 2.500 hectares de área
comunitária, sendo que os trabalhos de arborização propriamente ditos decorrem
até 2026.
O
presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, assinalou a data
com uma visita aos locais de intervenção, nos terrenos baldios de Cepos e Casal
Novo, na União das Freguesias de Cepos e Teixeira, e de Celavisa, onde decorrem
as ações de povoamento mistos de pinheiro-bravo e sobreiro e de pinheiro-bravo
e carvalho-alvarinho. Estes trabalhos de plantação foram precedidos de controlo
de vegetação espontânea, aproveitamento e beneficiação da regeneração natural
de medronheiro, desramação e regeneração natural de pinheiro-bravo, bem como de
beneficiação das linhas de água e controlo das espécies invasoras lenhosas
(acácias).
Para o
autarca de Arganil, é “um verdadeiro privilégio” assistir ao crescimento de um
projeto com a expressão e o propósito do Floresta Serra do Açor. “É o maior e
mais emblemático plano de intervenção florestal a acontecer no país, que surge
com a missão de evitar que o devastador incêndio de outubro de 2017 se repita”.
Luís Paulo Costa está convicto de que se trata de “um sério e inspirador
investimento a longo prazo no futuro das gerações que se seguirão”.
Este projeto
transformador da paisagem florestal está a ser concretizado graças ao
financiamento de 5 milhões de euros do Grupo Jerónimo Martins, no âmbito do
mecenato ambiental, à orientação e acompanhamento técnico da Escola Superior
Agrária de Coimbra (ESAC) e ao envolvimento das Assembleias de Compartes,
proprietários de terrenos baldios do concelho de Arganil.
É um
projeto de combate à desflorestação pensado e desenhado a muito longo prazo,
num horizonte temporal que se estendo por quatro décadas. Consubstancia um
modelo de reintrodução de espécies autóctones, como o carvalho, o sobreiro, o
castanheiro e o medronheiro; árvores mais resilientes ao fogo e com grande
capacidade de autorregeneração. Trata-se de um projeto que representa uma
franca mais-valia para o desenvolvimento do território, para a proteção dos
solos e dos recursos hídricos, bem como para a promoção da biodiversidade.
Fontes/Links:
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10 de fevereiro de 2023
Associação Gestora da AIGP Serra da Lousã – AGASL
Na
sequência da recente troca de mensagens de e-mail com o Presidente da Comissão
Instaladora da Associação Gestora da AIGP Serra da
Lousã – AGASL, colhemos o feedback que seguidamente aqui transcrevemos:
«A
Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho – AMPV esteve, desde a
primeira hora, envolvida na criação da Associação Gestora da AIGP Serra da
Lousã, através do sócio fundador Pedro Manuel Ribeiro Diniz Martins.
Nesta
fase, estamos a elaborar a proposta de Operação Integrada de Gestão da Paisagem
(OIGP), que será discutida com as associações e proprietários, e a desenvolver
os trabalhos necessários ao adequado conhecimento e gestão da propriedade
rústica e mobilização dos proprietários, no sentido de promover as operações de
cadastro necessárias à obtenção da configuração geométrica dos prédios que
integram a AIGP e demais dados cadastrais, nos termos do artigo 20.º do RJRP.
Assim, e
por forma a divulgar e mobilizar os proprietários do Vaqueirinho, informo que,
segundo o n.º 3 do artigo 8.º dos Estatutos, são associados efetivos todas as
pessoas singulares ou coletivas que sejam proprietários e/ou produtores
florestais e que possuam e/ou detenham, por qualquer título válido,
propriedades com aptidão florestal e agroflorestal inseridas na área de
intervenção da AIGP Serra da Lousã.
Conforme
estatuído no artigo 23.º os associados contribuem financeiramente para a
associação com uma joia e quota anual dependente da respetiva área: ≤ de 5 ha-
10 €/ano; > 5 a ≤50 ha - 30 €/ano; > 50 ha - 1€/ha/ano.
Ficha de
Inscrição de Sócio para preenchimento completo, e devolução com anexo do
comprovativo da titularidade, sendo que, caso a soma da área das propriedades
inseridas na AIGP seja inferior a 1,5 hectares, apenas precisará de comprovar a
titularidade de um único prédio rústico, não obstante identifique todos os
artigos matriciais.»
Data: 10.02.2023
Fontes/Links:
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa-sumula-da.html
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa-reuniao-de-trabalho.html
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/agasl-assembleia-geral-22-07-2022.html
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/criada-associacao-para-gestao-da.html
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/aigp-serra-da-lousa.html
https://vaqueirinhoampv.blogspot.com/p/a-nova-associacao-agasl.html
2 de fevereiro de 2023
Fevereiro 2023
Fevereiro |
Na
horta
Em
Fevereiro, deve cavar, ou lavrar a fundo, os terrenos que estejam livres e em
bom estado de enterrar estrumes e adubos fosfatados. Para a sementeira de
melões, pimentos e tomateiros, preparar camas quentes.
Semear:
abóboras, acelgas, alface, alho-francês, beterraba, cebolas, cenouras,
coentros, couve-flor serôdia, couve-de-grelos, espargos, ervilhas, espinafres,
favas, feijão, malaguetas, melancia, nabiças, nabos serôdios, pimentos,
repolho, salsa, tomate, tronchudas.
Plantar
batata.
Podem-se
criar todas as hortaliças em viveiros para, na altura adequada, se
transplantarem para as hortas.
Como neste
mês são frequentes as geadas, as plantas devem ser cobertas de noite, com
esteiras, giestas, urzes, etc., para não ficarem queimadas.
No
pomar
Iniciar o
tratamento das macieiras, pereiras e pessegueiros contra as cochonilhas, ovos
de insectos e de ácaros e formas hibernantes de pedrado.
Em
Fevereiro, proceder à pulverização com calda bordalesa nas nespereiras (contra
o pedrado), nos pessegueiros (contra o crivado e a lepra) e noutras fruteiras –
laranjeiras, etc. (contra o míldio).
No
campo
Prosseguimento
da preparação das terras – lavouras, gradagens, adubações, estrumações, etc. –
destinadas às culturas da Primavera.
Sacha ou
monda nos ervilhais e favais; exterminar as ervas daninhas dos prados ou dos
lameiros.
Sementeiras
de cereais de Inverno e Primavera – aveia, centeio, cevada e trigo.
No
jardim
Execução
de caldeiras em volta das árvores e arbustos, onde se lança estrume que não
deve ficar em contacto com as plantas (este estrume é coberto com terra na
Primavera).
Semear:
todas as flores anuais, cíclames, chagas, cólios, cosmos, ervilhas-de-cheiro,
espargos, gipsófilas, manjericos, sécias, etc.
Com
os animais
Um
suplemento de rações com farinha, amendoim, linhaça, etc., deverá ser fornecido
às vacas leiteiras.
Vacinar os
cães contra a raiva.
Nos
olivais
Concluída
a colheita das azeitonas, proceda à mobilização do solo, à profundidade de 0,20
a 0,30m, com lavoura ou escarificação razoável para que fique em condições
óptimas de armazenar a água da chuva.
Continue
com a poda. Limpe troncos e pernadas de musgos e líquenes, aplicando-lhes uma
calda ferro-cálcica.
Instalação
de viveiros.
Nas
matas
Semeie
ainda matos com giestas, piorno e tojo que são excelentes para camas de gado,
adubos verdes, para pastos e para defesa de terrenos inclinados.
Nos
pinhais, continue o corte de madeiras e a colheita de pinhas.
Inicie a
resinagem.
Nos
apiários
Dum modo
geral, as obreiras iniciam por toda a parte a faina da colheita, pelo que se
deve dedicar muita atenção à vida do colmeal.
Faltando mel ou pólen, temos de fornecer quaisquer dos
substitutos que são: xarope de açúcar, farinhas de centeio e leguminosas
comestíveis.
https://www.calendarios.info/actividades-no-campo-ao-longo-do-ano/
https://www.calendarios.info/actividades-agricolas-outras-fevereiro/
29 de janeiro de 2023
curso gratuito de apicultura sobre maneio e condução das colónias
A CAP — Confederação
dos Agricultores de Portugal informa que tem inscrições abertas para o curso de
Apicultura – Maneio e condução das colónias ao longo do ano. Uma acção de
formação de 50 horas, gratuita, em formato e-learning, a realizar-se de 1 de
Fevereiro a 2 de Março.
O curso de
Apicultura “promove a aquisição de conhecimentos e competências com a
finalidade de capacitar os formandos com conhecimentos e competências no uso de
técnicas e ferramentas sobre fundamentos das apicultura, optimizando a
instalação de apiários”, explica a CAP.
Esta
formação destina-se a agricultores, trabalhadores agrícolas e outros
interessados nesta temática, e tem como objectivos organizar e executar tarefas
relativas à produção, protecção, manutenção e exploração de colónias de abelhas
no espaço rural, de forma a garantir a gestão sustentada do mesmo, através de
técnicas e procedimentos adequados e respeitando as normas de qualidade dos
produtos, de segurança, higiene e saúde no trabalho apícola, da legislação
aplicável à actividade apícola e de protecção do ambiente.
Os
formandos terão de ter pelo menos 18 anos e como escolaridade mínima o 9º ano,
deter conhecimentos informáticos na óptica do utilizador (processamento de
texto, navegação, pesquisa na web e correio electrónico); acesso a um
dispositivo informático (computador), com Internet de banda larga e ligação
compatível com as plataformas de formação à distância Moodle e Zoom.
Saiba mais
sobre o curso e faça a sua pré-inscrição aqui:
https://www.cap.pt/servicos/formacao/elearning/apicultura
Fontes/Links:
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