reproduzimos seguidamente a versão integral dos termos do Acordo promovido pela CM Lousã e as Associações Locais das Aldeias Serranas com vista a fazer cessar as atividades de desflorestação...
Aldeia Serrana do Vaqueirinho, Serra da Lousã - Blog de divulgação da aldeia de xisto do Vaqueirinho (by AMPV Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho)
16 de dezembro de 2021
9 de dezembro de 2021
Testemunhos - O estado do caminho da Ribeira da Vergada
Nesta mensagem disponibilizamos imagens que atestam o estado lamentável em que ficou o caminho da Ribeira da Vergada, pós madeireiro...
(imagens recolhidas em 7 de dezembro 2021)
24 de novembro de 2021
A iniciativa da CM Lousã
A Câmara Municipal da Lousã, promoveu uma iniciativa no sentido de pôr termo às ações de desflorestação noticiadas pelo Jornal Trevim e outras entidades como a MilVoz e a Uniplanet.
Assim, esta entidade, promoveu a articulação com as diversas Associações locais ligadas aos Casais da Serra da Lousã, para se chegar a um entendimento com o madeireiro, promotor das referidas ações de desflorestação e fazer cessar de imediato as mesmas.
O referido entendimento foi concretizado por via de um Acordo, assinado no passado dia 22 de novembro e tendo como outorgantes a Associação de Recuperação do Talasnal, a Associação de Moradores e Proprietários do Vaqueirinho, a Associação de Recuperação do Casal Novo, Álvaro Matos Bandeira & Filhos, Lda. (o madeireiro) e o Município da Lousã.
Fazendo uma primeira leitura, o Acordo afigura-se-nos ajustado ao seu propósito imediato, i.e., a cessação das ações de desflorestação. A prática dirá sobre a sua efetiva materialização no que respeita às medidas de reflorestação com espécies autóctones da Serra nele previstas.
Link (notícia divulgada no jornal Público):
https://www.publico.pt/2021/11/17/local/noticia/associacoes-lousa-travam-cortes-arvores-accao-popular-1985387
16 de novembro de 2021
O feedback do ICNF
Na sequência da denúncia feita e a que se refere a nossa mensagem do
passado dia 10 de novembro, recebemos hoje do ICNF o seguinte feedback:
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Mensagem reencaminhada -----
De:
Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Centro
<drcnf.centro@icnf.pt>
Enviado:
terça-feira, 16 de novembro de 2021, 10:22:46 WET
Assunto
Cortes em larga escala e gestão danosa da floresta na ZEC Serra da Lousã
Encarrega-me
a Sra. Diretora Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Centro,
Enga. Fátima Araújo Reis, de enviar o seguinte:
“Exmos.(as)
Senhores(as)
Na sequência da denúncia apresentada por V.
Exa., temos a informar que no dia 3 de novembro de 2021, pelas 10:00 horas, uma
Equipa de Vigilantes da Natureza deslocou-se ao local para averiguar os factos
denunciados.
No local,
com as coordenadas geográficas 40.082934°, -8.222282°, constatou-se:
•
A abertura e o alargamento de caminhos numa extensão aproximada de 1000
metros;
•
O corte de povoamento adulto constituído maioritariamente por pinheiro,
ainda que pontualmente ocorram espécies folhosas.
O corte de
arvoredo foi precedido do manifesto de exploração, observando o disposto no
artigo 6.º, do Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de julho.
A abertura
e o alargamento de caminhos, por configurar infração ao disposto na alínea g),
do art.º 9.º, do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, na sua redação atual,
foi objeto de Auto de Notícia que será remetido à Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro (Cf. n.º 2, do art.º 24º, do citado
diploma).
Mais se
informa que a intervenção, em povoamento adulto de pinheiro, constitui-se como
normal atividade florestal e não integra os fatores de ameaça elencados para o
território e publicados na Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008.»
Com os
melhores cumprimentos.
Ana Bravo
Secretariado
da Diretora Regional
Direção
Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Centro
Instituto
da Conservação da Natureza e das Florestas, IP
Mata
Nacional do Choupal, 3000 - 611 COIMBRA
Telef:
+351 239 007 261 E-mai: DRCNF.Centro@icnf.pt
www.icnf.pt
A AMPV continuará a acompanhar este assunto e os respetivos desenvolvimentos.
10 de novembro de 2021
Ações de Desflorestação em curso na Serra da Lousã
Conforme noticiou o Jornal Trevim no passado dia 4 de novembro:
(em artigo da jornalista Soraia Santos)
Corte de árvores no Vaqueirinho motiva denúncia
O corte raso de árvores na encosta do Vaqueirinho para o Talasnal, na Serra da Lousã, levou a Câmara Municipal da Lousã a apresentar denúncia às autoridades, informou Ricardo Fernandes, na reunião pública, realizada no dia 2, no auditório da Biblioteca Municipal.
O vereador com o pelouro da floresta respondia a Victor Carvalho, vereador do PSD, que pediu a palavra para dar nota de “um alegado corte abusivo de árvores, com alguma escala” naquela área, questionando se a Câmara é a proprietária, uma vez que “o casal do Vaqueirinho está registado em seu nome”. Ricardo Fernandes esclareceu que, embora os “casais estejam registados em nome da Câmara ao nível das Finanças, são entidades associativas privadas que gerem essas áreas, não é autarquia que é a dona”.
A área em causa, informou o vereador, “é de gestão privada, da associação ou de descendentes, que fizeram a venda” dos materiais lenhosos. “Preocupa-nos bastante o que está a ocorrer, tive já a oportunidade de estar naquela zona, juntamente com o SEPNA, e esperamos também que o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) possa surgir, enquanto interveniente maior a nível nacional da proteção deste tipo de áreas”, acrescentou.
Além do corte de árvores, foi também denunciado “o uso indevido da estrada das Hortas pelos camionistas que transportam os materiais”, segundo Luís Antunes, esperando o edil que “as entidades responsáveis pela fiscalização e sancionamento podemos aceitar este tipo de situações”, concluiu.
Ainda de acordo com Ricardo Fernandes, foi constituída uma “Área Integrada de Gestão da Paisagem” para o local em causa, a qual se pretende “que seja uma salvaguarda, já prevendo que isto pudesse vir a acontecer, esperando que em tempo útil ainda se possa salvar algum daquele património”. A AIGP Serra da Lousã conta com uma área aproximada de 900 hectares, e surge de um protocolo que envolve o Fundo Ambiental, o ICNF e a Direção-Geral do Território.
Esta situação foi igualmente denunciada pela:
MilVoz - Associação de Protecção e Conservação da Natureza
com título:
A Câmara Municipal da Lousã divulgou a 9 de novembro, no seu website uma tomada de posição:
https://cm-lousa.pt/corte-arvores-na-serra-da-lousa-tomada-posicao/
Corte de Árvores na Serra da Lousã – Tomada de Posição. - Portal Institucional (cm-lousa.pt)
A AMPV tem vindo a acompanhar o assunto através de vários contactos, nomeadamente, com o Senhor Vereador do Pelouro respetivo da Câmara Municipal da Lousã e com a Aflopinhal.
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