Primeiras árvores do projeto Floresta da Serra do Açor completam dois anos
As primeiras árvores do projeto de reflorestação Floresta da Serra
do Açor chegaram às encostas da Serra do Açor, em Arganil, há precisamente dois
anos. Desde essa altura, foram plantadas 600 mil espécies resistentes ao fogo e
foram alvo de diferentes intervenções 750 hectares de terrenos comunitários
ardidos no incêndio de outubro de 2017. Este projeto a 40 anos prevê a
plantação de mais de 1 milhão e 800 mil árvores em 2.500 hectares de área
comunitária, sendo que os trabalhos de arborização propriamente ditos decorrem
até 2026.
O
presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, assinalou a data
com uma visita aos locais de intervenção, nos terrenos baldios de Cepos e Casal
Novo, na União das Freguesias de Cepos e Teixeira, e de Celavisa, onde decorrem
as ações de povoamento mistos de pinheiro-bravo e sobreiro e de pinheiro-bravo
e carvalho-alvarinho. Estes trabalhos de plantação foram precedidos de controlo
de vegetação espontânea, aproveitamento e beneficiação da regeneração natural
de medronheiro, desramação e regeneração natural de pinheiro-bravo, bem como de
beneficiação das linhas de água e controlo das espécies invasoras lenhosas
(acácias).
Para o
autarca de Arganil, é “um verdadeiro privilégio” assistir ao crescimento de um
projeto com a expressão e o propósito do Floresta Serra do Açor. “É o maior e
mais emblemático plano de intervenção florestal a acontecer no país, que surge
com a missão de evitar que o devastador incêndio de outubro de 2017 se repita”.
Luís Paulo Costa está convicto de que se trata de “um sério e inspirador
investimento a longo prazo no futuro das gerações que se seguirão”.
Este projeto
transformador da paisagem florestal está a ser concretizado graças ao
financiamento de 5 milhões de euros do Grupo Jerónimo Martins, no âmbito do
mecenato ambiental, à orientação e acompanhamento técnico da Escola Superior
Agrária de Coimbra (ESAC) e ao envolvimento das Assembleias de Compartes,
proprietários de terrenos baldios do concelho de Arganil.
É um
projeto de combate à desflorestação pensado e desenhado a muito longo prazo,
num horizonte temporal que se estendo por quatro décadas. Consubstancia um
modelo de reintrodução de espécies autóctones, como o carvalho, o sobreiro, o
castanheiro e o medronheiro; árvores mais resilientes ao fogo e com grande
capacidade de autorregeneração. Trata-se de um projeto que representa uma
franca mais-valia para o desenvolvimento do território, para a proteção dos
solos e dos recursos hídricos, bem como para a promoção da biodiversidade.
Fontes/Links:
ΦΦΦ